24/11/2007

Bem precioso


Não sabes,
meu caro bom moço,
quanto custa-me o esforço
do teu olhar me desviar.

Não sabes,
meu atroz charmoso,
do receio que tenho de ti
E da lua e do fogo e do ar...

Mas saiba,
meu bem precioso,
dentre as coisas
da terra, do sol e do mar
tu tens sido
o presente valoroso
que faz minha vista versejar!...
"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)