19/08/2008

Candura


Siga o seu caminho, amor
E dispersa-me por entre as curvas...


Siga, sem levar-me ao Lácio:
na medida, no fáustico, ou na serena chuva.


Siga o seu caminho, amor
Já remoemos, lentos, a pena(s) duras.


Siga o seu caminho, amor
E, se possível for,
leve-me, apenas, um gesto de candura...



"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)