16/05/2009

Solavancos

Diálogo com Para Renata, de Romério Rômulo.


Ninguém pode afirmar,
com farta verossimilhança,
os motivos que trafegam
nuvens, sonhos, labirintos
as mil tranças-de-criança.


Ninguém pode atestar,
com máxima confiança,
se a palavra que se lança
apresenta-se legítima
ou se, à deriva, é lívida
......................esperança.


Muitos são os mistérios
poucas e frágeis as verdades:

― há sonho na realidade?
Nada sei...


.........................quando os solavancos da palavra
.........................vão redimir meu corpo?...




"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)