18/04/2010

vampiros


À amiga Lou Vilela


Arte: Edvard Munch, “Vampire” (1893)



assaltam casas
alçam anedotas sob aspas
tecem boas e más percepções
lançam ses porquês [ ... ] senões
(in)ventam distorcem fatos:
gatos são lebres, alhos bugalhos.

presumem voos e naufrágios
[ abstrações são coletivas...
palco é certame
sangue, banco de dados ]

vendem pães à deriva
[ aqui e além-mar ]
e a poesia grotesca vazia
reafirma [ do homem ] 
a plenitude: mal-estar.


"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)