29/01/2011

impressão




Águas alargam-se...
e eu emoldurada à última paisagem, evasão, sentido

Desejava um sol noturno, um verso original,
mas quando a emoção é imensa, ínfimas são as palavras

Mal sinto a tua vastidão...
pois necessito-me mãos, dedos, lábios, movendo-me o espírito

Já não escondo sentimentos, também não os vivo...

Desalinhados são meus passos
Desafinadas agem-me as ondas

Haverá, no alto, música?...

No mar, ela entoa-me desconhecida
E eu alinho/desalinho raios então impressos/dispersos em mim



*Imagem localizada no blog Entrelinhas.
* Texto também disponível em O Gato da Odete.

"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)