27/01/2012

vinhas, árias, agoras

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eu te leio
como alguém
principia viagens
passagens regadas em vinhas
por que tu me ensopas, agoras, lavras minha?
não sou musa inspirada à vanguarda art’mercenária
mas avulto árias quando tu me tornas,
escovas, às primas horas
das manhãs


tenho assim os dias

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"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)