26/11/2014

offline


Você não entendeu quando disse que a história era tardia... Pela novidade, destinava-se ao esquecimento. Você não entendeu o porquê da recusa e do meu silêncio. Evaporou na tarde difusa... sem manifesto ou lamento. Sem dar-me o direito da dúvida, de convencer-me quão vazia pode ser a vida sem você. Eu estava offline... fora da linha do tempo. Bastava um clique, um toque de alumbramento, para arrancar-me dos dias crus, − opulentos. Da nuvem espessa sobre o arco-íris da vontade. Da estiagem insensível à chuva, − à distração do vento. Eu estava offline, mas vi quando você me (des)ligou...



h.f.
26 nov. 2014




P.S.
Uma música, hoje tanto quanto piegas (ah o amor e seus paradoxos...), para quem distraidamente vive "a se morder de..."

"O sonhador, em seu devaneio, não consegue sonhar diante de um espelho que não seja profundo."

(Gaston Bachelard)